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Cistite Pós-Menopausa: Terapias Hormonais e Alternativas Naturais

Feb 12

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Apresentado por Dra. Carolina Figurelli, Urologista em Porto Alegre


Introdução


A cistite pós-menopausa é uma condição frequente em mulheres que passaram pela menopausa e se caracteriza por episódios de inflamação na bexiga, geralmente associados à deficiência de estrogênio. Essa diminuição hormonal contribui para o afinamento da mucosa urogenital, facilitando a invasão de micro-organismos e o surgimento de inflamações recorrentes.


Carolina figurelli urologista porto alegre

Duas abordagens terapêuticas têm ganhado destaque no manejo dessa condição:


1. Terapias hormonais – que visam restaurar os níveis de estrogênio localmente ou sistemicamente, promovendo a regeneração da mucosa e a proteção contra infecções;

2. Alternativas naturais – que englobam suplementos, fitoterápicos e mudanças no estilo de vida, proporcionando efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, além de melhorar o equilíbrio da flora local.


Este artigo apresenta um comparativo científico entre essas abordagens, com tabelas de eficácia que sintetizam os principais parâmetros avaliados em estudos clínicos.


Cistite Pós-Menopausa: Visão Geral


A deficiência de estrogênio após a menopausa pode levar a:

• Afinamento e fragilização da mucosa da bexiga e da uretra.

• Redução da flora protetora, aumentando a suscetibilidade a infecções.

• Alterações na resposta inflamatória local.


Essas mudanças justificam a busca por tratamentos que possam restaurar a integridade da mucosa urogenital, reduzindo a frequência e a intensidade dos episódios de cistite.


Terapias Hormonais


Mecanismo de Ação


As terapias hormonais, geralmente na forma de cremes vaginais ou formulações locais, fornecem estrogênio diretamente à região urogenital. Esse aporte:

• Estimula a regeneração da epitélio vaginal e da mucosa da bexiga.

• Melhora a vascularização e a função das células locais.

• Restaura a barreira de proteção contra agentes patogênicos.


Evidência Clínica


Estudos randomizados demonstram que o uso tópico de estrogênio pode reduzir significativamente a recorrência de infecções e melhorar os sintomas em aproximadamente 65–75% das pacientes em um período de 6 meses.


Carolina figurelli urologista porto alegre

Alternativas Naturais


Abordagens Comuns


As alternativas naturais podem incluir:


Suplementos à base de cranberry: Contêm proantocianidinas que inibem a adesão bacteriana à mucosa.

D-mannose: Um açúcar simples que atua impedindo a fixação de bactérias, principalmente Escherichia coli.

Probióticos: Auxiliam na restauração da flora vaginal e urogenital.

Fitoterápicos anti-inflamatórios: Como o extrato de uva-ursina, que pode oferecer um efeito antimicrobiano e reduzir a inflamação.


Evidência Clínica


Estudos com alternativas naturais apontam uma eficácia moderada, com reduções na recorrência dos episódios de cistite variando de 40 a 55% em períodos de 6 a 12 meses, dependendo da adesão ao tratamento e da padronização dos suplementos utilizados.


Comparativo Científico


A seguir, apresentamos tabelas que sintetizam os parâmetros comparativos entre as terapias hormonais e as alternativas naturais para o manejo da cistite pós-menopausa.


Tabela 1: Comparação Geral de Parâmetros

Parâmetro

Terapias Hormonais

Alternativas Naturais

Mecanismo de Ação

Reposição de estrogênio; Regeneração da mucosa urogenital

Ação anti-inflamatória, antioxidante e inibição da adesão bacteriana

Eficácia na Prevenção

Alta eficácia, com redução de 65–75% na recorrência de cistite em 6 meses

Eficácia moderada, com redução de 40–55% na recorrência, variando conforme a formulação e adesão do paciente

Tempo de Ação

Resultados perceptíveis em 4 a 6 semanas

Geralmente, 8 a 12 semanas de uso contínuo são necessárias para observar benefícios significativos

Efeitos Colaterais

Pode causar irritação local, sangramento ou desconforto; riscos mínimos em formulações tópicas

Baixo risco de efeitos adversos; possíveis reações alérgicas, mas geralmente bem toleradas

Custo

Pode ser elevado, especialmente em formulações de alta qualidade e uso prolongado

Geralmente mais acessíveis, dependendo do suplemento e da dosagem recomendada

Nível de Evidência

Alto – diversos ensaios clínicos randomizados e meta-análises sustentam sua eficácia

Moderado – evidências promissoras, mas com necessidade de mais estudos padronizados para confirmação científica

Tabela 2: Eficácia em Redução de Recorrências e Melhora dos Sintomas

Estudo/Parâmetro

Terapia Hormonal (Cremes de Estrogênio)

Alternativa Natural (Cranberry + D-mannose)

Redução de Recorrência (%)

65–75% em 6 meses

40–55% em 6–12 meses

Melhora na Sintomatologia (%)

70–80% de alívio em 4 a 6 semanas

50–65% de alívio em 8 a 12 semanas

Observação: Os valores apresentados são baseados em estudos publicados e podem variar de acordo com as características individuais das pacientes e a qualidade dos produtos utilizados.


Conclusão

dra Carolina Figurelli urologista Porto Alegre

O manejo da cistite pós-menopausa pode ser abordado por meio de terapias hormonais ou alternativas naturais, cada uma com suas vantagens e limitações. As terapias hormonais apresentam alta eficácia e evidência científica robusta, proporcionando uma recuperação rápida da integridade da mucosa urogenital. Por outro lado, as alternativas naturais oferecem uma abordagem menos invasiva e com baixo risco de efeitos colaterais, sendo uma opção para pacientes com contraindicações ao uso de estrogênios ou que prefiram tratamentos complementares.


A escolha da abordagem terapêutica deve ser individualizada, levando em consideração o perfil clínico, as preferências da paciente e a orientação do profissional de saúde. Em casos de sintomas persistentes, é fundamental a consulta com um especialista para a definição do melhor plano de tratamento.


Dra. Carolina Figurelli, Urologista em Porto Alegre, recomenda que as pacientes avaliem todas as opções terapêuticas disponíveis e discutam os potenciais benefícios e riscos com seu médico, garantindo uma abordagem personalizada e eficaz para a manutenção da saúde urogenital na pós-menopausa.



Referências e estudos adicionais podem ser consultados em bases científicas como PubMed e em guidelines internacionais sobre uroginecologia para aprofundamento no tema.

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